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Bombardeio ordenado por Trump e a morte do general iraniano pode ser o início de uma 3ª Guerra Mundial

A morte do general Qassem Soleimani, um dos homens mais poderosos do Irã, marca mais um capítulo da escalada de tensão entre os governos iraniano e norte-americano, e pode ser o início de uma 3ª Guerra Mundial.O líder da Força Al Quads, unidade especial da Guarda Revolucionária, foi atingido nesta quinta-feira (2) em um bombardeio ordenado por Donald Trump, em Bagdá, no Iraque.

Em nota, o Pentágono culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos. Enquanto líderes iranianos falam em “vingança”, a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá pede aos cidadãos norte-americanos que estão no Iraque que deixem o país o mais rápido possível, por via aérea ou terrestre.

Quem era Qassem Soleimani?

Qassem Soleimani tinha 62 anos e era um alto líder das forças militares iranianas. Herói nacional, ele foi o general da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária, um braço paramilitar de elite que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país há 30 anos. Soleimani era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país. Muito próximo ao líder supremo, ele sobreviveu a diversas tentativas de assassinato nas últimas décadas.

Ao menos sete pessoas morreram no ataque. Além de Qassem Soleimani, Abu Mahdi al-Muhandis, chefe das Forças de Mobilização Popular do Iraque (milícia apoiada pelo Irã) também foi identificado.Entre outros cinco mortos está o porta-voz das Forças Populares de Mobilização, Mohammed Ridha Jabri. O enterro de Soleimani e al-Muhandis será no sábado (4) e tanto o Iraque quanto o Irã decretaram três dias de luto.

O bombardeio ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, teve como alvo um comboio de veículos dentro do Aeroporto Internacional de Bagdá. A comitiva com Soleimani vinha da Síria e deixava o aeroporto em dois carros. O ataque aconteceu próximo a uma área de cargas. O Pentágono não apresentou detalhes sobre a ação, mas veículos da imprensa internacional dizem que mísseis teriam sido lançados pelo drone American MQ-9 Reaper.

Irã diz que vai vingar ataque

Em comunicado divulgado pela TV, Ali Khamenei, o líder do país, declarou que “todos os inimigos devem saber que a jihad de resistência continuará com uma motivação dobrada, e uma vitória definitiva aguarda os combatentes na guerra santa”.O Irã geralmente se refere a países e forças regionais opostos a Israel e aos EUA como uma frente de “resistência”.

Khamenei também lamentou a morte de Soleimani em uma rede social: “O martírio é a recompensa por seu trabalho incansável durante todos estes anos (…) Se Deus quiser, sua obra e seu caminho não vão parar aqui e uma vingança implacável espera os criminosos que encheram as mãos com seu sangue e a de outros mártires”.

O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que agora o país estará mais determinado a resistir aos EUA e também prevê vingança. “O martírio de Soleimani tornará o Irã mais decisivo para resistir ao expansionismo americano e defender nossos valores islâmicos. Sem dúvida, o Irã e outros países que buscam a liberdade na região se vingarão”, afirmou Rouhani.

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