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Advogada é algemada após confusão com policiais dentro de delegacia

Uma operação realizada pela Polícia Militar nos bairro Joana D’Arc e Andorinhas, em Vitória resultou ma apreensão de armas e alguns indivíduos, os detidos foram encaminhados para a Delegacia Regional de Vitória. Uma advogada  foi até a delegacia para defender um dos presos e acabou sendo detida e algemada. De acordo com os policiais, ela já teria chegado nervosa ao local e não teria se identificado como advogada. Os PMs relataram que ela chegou a discutir  e desaata-los, e por este motivo houve o uso das algemas.

No entanto, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil do Espírito Santo (OAB-ES) afirmam que houve ofensas por parte de um policial e desconhecimento da lei. “O policial ficou irritado, ofendeu o filho dela e começou uma discussão entre os dois. Lá dentro [da delegacia], ele não se conteve, deu um tapa e a algemou. Três policiais para algemar a advogada. Não poderia prender. Se não comunicar à Ordem que vai prender um advogado, essa prisão é nula, arbitrária e ilegal”, explicou o presidente comissão de prerrogativa da OAB ES. Ben-Hur Farina.

Sobre a alegação de policiais de que a advogada não havia se identificado como representante de um dos suspeitos, Farina afirma que, no momento do fato, ela portava a carteira da OAB-ES. “Ela se apresentou como advogada, estava com a carteira, inclusive, quando ela pegou os pertences do cliente que estava preso. Todos sabiam que ela era advogada. É um desconhecimento da lei que, infelizmente, a Polícia Militar não teve naquele momento e tomou a atitude arbitrária”.

O presidente da comissão de prerrogativa ainda afirmou que houve a tentativa de acionar a corregedoria da Polícia Militar, mas não houve retorno por parte do representante. “O tenente coronel que responde estava aqui e não fez nada, se omitiu. Vamos representar junto à corregedoria e representar contra eles. Não podemos permitir que isso aconteça com um advogado que defende o cidadão”, disse.

A ocorrência foi encerrada por volta das 8 horas desta terça-feira (14). O delegado que conduziu o caso entendeu que a advogada não cometeu nenhuma irregularidade e o caso será encaminhado para a corregedoria da Polícia Militar. A advogada não quis falar com a imprensa e foi encaminhada ao Departamento Médico Legal  para realização de exames. O suspeito representado pela advogada foi liberado após pagar fiança.

A Polícia Militar foi procurada para comentar o assunto, o comandante do Primeiro Batalhão não quis se manifestar neste primeiro momento.

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