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Dr Giovani Loureiro fala sobre os sintomas semelhantes entre covid-19 e a gripe H3N2; veja dicas de prevenção

O número de casos de gripe Influenza e covid-19 tem aumentado nos últimos dias, com isso os Pronto Atendimentos e Postos de Saúde estão com lotação máxima, a maioria das pessoas que buscam atendimento estão com os mesmos sintomas. A convite do Portal Momento, o médico clínico geral e reumatologista, Dr. Giovani Loureiro, diretor técnico do Hospital São Marcos falou sobre os sintomas semelhantes da gripe Influenza H3N2 e o covid-19, além do tratamento e prevenção dessas doenças.

De acordo com o Dr. Giovani os sintomas da gripe influenza costumam ser intensos logo no início da doença com febre alta e dor no corpo além dos sintomas gripais como tosse e coriza, já os sintomas do covid-19 tendem a piora após uma semana. O médico explicou que o tratamento do Inflenza ( gripe ) é diferente do tratamento para covid-19.

“Para gripe já temos uma medicação com bons resultados, já bem estudada, que é o Oseltamivir (Tamiflu), que é mais eficaz quando utilizada nas primeiras 48 horas, mas também tem bons resultados após esse período, e também pode ser utilizada como profilático (em casos de pacientes que tiveram contato com paciente com influenza ). Porém é uma medicação indicada somente para pacientes com fatores de risco como gestantes, crianças menores que dois anos, adultos maiores de 60 anos com doenças associadas ( por exemplo asma , diabetes, doenças cardíacas), além de outros casos específicos. Essa medicação só pode ser prescrita por médico, e já está em falta nas farmácias. No hospital São Marcos nós temos para os pacientes internados” explica o médico.

“Já o covid-19 como ainda não temos nenhuma medicação específica disponível, fazemos um tratamento na fase inflamatória que é a partir do 8 dia, geralmente com glicocorticoides, anticoagulantes e antibióticos quando necessário, além de fisioterapia nos pacientes internados. Quanto aos cuidados são basicamente os mesmos que temos com o covid-19, uso de máscaras, evitar aglomerações, uso de álcool em gel. Importante falar também sobre quando procurar o pronto-socorro, que como todos estão vendo, tem ficado muito cheio, aumentando ainda mais o risco de transmissão dessas doenças. Portanto devem ir em caso de febre há mais de três dias, queda da saturação de oxigênio, piora de uma doença que já tenha , por exemplo a asma; e pessoas com doenças graves como o câncer , crianças menores que 3 meses, idosos com doenças associadas”, completou.

“Sobre a vacina é importante lembrar também que a vacina que foi dada na última campanha vacinal, não confere imunidade contra a cepa Darwin da H3n2 (que tem sido a principal causadora desse surto de gripe), mas protege contra as outras cepas de Inflenza A e B, além de poder conferir uma imunidade cruzada contra a H3n2 Darwin fazendo que pessoas que adquiram essa doença, possam apresentar sintomas mais brandos”, ponderou o médico Dr. Giovani Loureiro.

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