Suspeito de matar 4 pessoas da mesma família em Vila Valério morre em confronto com a polícia
Morreu em um confronto durante uma operação policial nesta sexta-feira (25) em Jaguaré, o suspeito de ser um dos assassinos de quatro pessoas da mesma família ocorrida no interior de Vila Valério. O assassino foi identificado como Jeremias Penha Lima. Outros três suspeitos de serem executores da chacina já foram identificados pela polícia, mas ainda não foram localizados. Os nomes não foram informados pela corporação.
A Polícia Civil informou que os policiais faziam uma operação no distrito de Fátima, em Jaguaré, pois havia denúncia que apontavam que os suspeitos estavam escondidos naquele local. De acordo com a polícia, Jeremias avistou a aproximação da polícia em incursão no “beco do Machado” e atirou contra os policiais, que revidaram prontamente, atingindo o suspeito.
O suspeito morreu no local. Com ele, os peritos encontraram a arma usada no confronto. Segundo os investigadores, Jeremias era condenado por tráfico de drogas e estava foragido da Justiça. O bandido também era investigado por um latrocínio (que é um crime de roubo seguido de morte) e um homicídio cometidos em Jaguaré. O corpo do suspeito foi removido para o Serviço Médico Legal (SML) de Linhares para necropsia. A Polícia Civil informou que as investigações continuam para localizar e prender os outros suspeitos.
- Detalhes da chacina
Quatro pessoas da mesma família foram assassinadas a tiros, na manhã desta quinta-feira (24), no Córrego Flor de Maio, na zona rural de Vila Valério. Segundo os investigadores, Clauzira Flegler, de 41 anos; e os dois filhos dela, Leandro Flegler, de 22 anos e,Karine Flegler, de 15 anos, não eram os alvos dos assassinos, mas foram executados como forma de queimar arquivo e deixar o crime sem testemunhas. O alvo, segundo a polícia, seria o namorado da adolescente, Vinicius Silva Pinto, de 25 anos, que também foi assassinado.
De acordo com a investigação, Vinicius veio de Minas Gerais há cerca de cinco meses e estaria envolvido com traficantes poderosos da região de Vila Valério e Jaguaré. O delegado Rafael Caliman, acredita que os traficantes foram para matá-lo e acabaram matando a família toda, talvez como uma queima de arquivo. Segundo o delegado, testemunhas relataram terem visto quatro homens chegando em duas motos no local, por volta das 6 horas da manhã desta quinta-feira (24). Em seguida, foram ouvidos uma sequência de tiros.
“Duas motos chegaram ao local do crime por volta das 6h da manhã. Possivelmente dois criminosos entraram na casa para executar a adolescente e o namorado, e outros dois cercaram a casa e não deram chance para mãe e filho fugirem dessa chacina”, narrou o delegado.
Os corpos de Karine e Vinícius estavam em um quarto, dentro da casa. Já os corpos de Clauzira e Leandro foram encontrados caídos em uma plantação de pimenta, a cerca de 30 metros da residência. A polícia acrescentou que mãe e filho pularam a janela para tentar fugir dos atiradores, mas foram alcançados pelos assassinos.
A Polícia Militar informou ter sido acionada às 7h da manhã por vizinhos da propriedade, que também chamaram ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constataram que as vítimas já estavam mortas. Na noite desta quinta-feira (24), a Polícia Civil informou que já identificou os quatro suspeitos de terem participado do crime. No entanto, mais detalhes não foram informados para não atrapalhar as investigações.
“Temos suspeitos de participação direta na execução. Ainda pretendemos ouvir testemunhas, mas não é um trabalho simples, porque as pessoas da região [com toda razão] têm medo”, disse o delegado Rafael Caliman.
- Filho executado
A polícia informou também, que há três meses, outro filho de Clauzira, Alan Junior Flegler, de 19 anos, foi executado em Jaguaré. O corpo dele foi encontrado em uma cova rasa e em avançado estado de decomposição. A Polícia Civil informou que o jovem também tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
“Esse outro filho foi executado a cerca de três meses, e a família só soube recentemente que se tratava do jovem, através de exame de DNA. Acreditamos que ele estivesse envolvido com o tráfico de entorpecentes, e que um crime possa ter levado a outro”, disse o delegado Rafael Caliman. (com informações: Wilson Aparresia)