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A pedido do Governo do ES, Justiça proíbe rodoviários de fazerem bloqueios no trânsito

a4b25120 fe03 11ed a7a9 055bd372ca99 minifiedO governo do Espírito Santo obteve da Justiça uma liminar, na noite desta terça-feira (30), que proíbe novas manifestações que interrompam o trânsito, como aconteceu no protesto de rodoviários que bloquearam o fluxo de veículos na última segunda-feira (29). Mais cedo, o Estado pediu em juízo que o grupo responsável fosse multado em R$ 100 mil por dia caso promovesse novas manifestações e que o movimento fosse considerado ilegal.

O movimento provocou um engarrafamento de 12 quilômetros de extensão, que tomou conta inicialmente da Avenida Norte Sul, em Carapinana Serra, e que reverberou para a Rodovia do Contorno, na BR-101, afetando também o município de Cariacica.  Trajetos que eram normalmente feitos em 40 minutos levavam três horas e muita gente ficou a pé, sem oferta de ônibus.

Na decisão, proferida pela juíza Sayonara Couto Bittencourt, da 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e Saúde de Vitória, fica determinado que os responsáveis pelo protesto, apontados como os líderes da  Chapa 2 Esperança do Rodoviário, não promovam mais nenhuma paralisação, sendo proibidos de utilizarem quaisquer meios.

A chapa faz oposição à atual diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES). Eles estão proibidos de se utilizar das frotas de ônibus do sistema Transcol para protestos, devendo mantê-las totalmente em circulação e funcionamento. A juíza também determina que eles não podem bloquear, impedir ou tumultuar o trânsito da região metropolitana, bem como impedir a saída dos coletivos das garagens das empresas

O governador Renato Casagrande (PSB) comemorou nas redes sociais.

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A liminar também estipula multa diária de R$ 50 mil caso os integrantes da chapa não avisem previamente sobre qualquer movimento ou protesto que possa impactar o trânsito.  A reportagem não conseguiu contato com representantes da chapa citada na liminar.

Protesto foi realizado pela oposição do Sindirodoviários

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES), Miguel Leite, afirmou que o protesto foi realizado por uma chapa de oposição ao sindicato, que conta com 19 membros. “O ato não era do Sindirodoviários. É uma chapa de oposição que está fazendo isso. Eles já registraram a chapa deles para a eleição do dia 22 de junho, então não sei o motivo desse ato, se a chapa já está montada e registrada. O Sindirodoviários está desenvolvendo o caminho das eleições, é uma eleição democrática”, afirmou.

Em nota, o sindicato dos trabalhadores reforçou que não organizou o movimento e que não concorda com o acontecimento.  “O entrevistado hoje por vários meios de comunicação, identificado como Wagner Fernandes Vieira, organizador do movimento, na verdade é o candidato a presidência da chapa de oposição, que já está inscrita junto à comissão eleitoral que foi eleita em assembleia democrática em assembleia da categoria que foi realizada no último dia 4 de maio”, disse a nota.

Segundo o Sindirodoviários, o candidato da chapa de oposição, disse em entrevista que “entraram com várias ações judiciais e que a justiça ainda não se posicionou”. “A justiça indeferiu o pedido que foi feito por membros dos mesmos opositores, reconhecendo a legalidade de todos os atos praticados tanto pelo sindicato dos rodoviários, quanto pela comissão eleitoral, a quem cabe o papel de coordenar o processo eleitoral, sempre fiel ao estatuto social da entidade sindical”, afirmou a entidade de classe.

O que diz a oposição

O representante da chapa de oposição, Wagner Fernandes, disse em reportagem a TV Vitória que a manifestação se dá porque a categoria não aguenta mais a gestão atual do sindicato.”A atual gestão facilitou a retirada de mais de 4 mil postos de trabalho, tirou hora extra, dobra e, por último, o intervalo da categoria. Tem alguns cobradores, que ainda estão no sistema, que foram colocados para trabalhar duas horas, eles não estão tendo dignidade no ônibus e acreditam que se a atual gestão ganhar, não vão ser cumpridos nem os acordos homologados. Então a categoria quer que a Justiça faça a eleição, porque o sindicato quer urna itinerante e isso tem risco de fraude”, comentou.

Questionado sobre a paralisação do trânsito, Fernandes afirmou que sabe que está sendo feito um movimento que acaba atrapalhando a população. “Mas sabemos que se não for dessa forma, nada muda. São sete ações nos tribunais e a Justiça não intervém”, pontuou. *reprodução:Folha Vitória

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