Corpos de dois meninos mortos em Sooretama são enterrados, o terceiro ainda aguarda por exame de DNA
Os restos mortais dos meninos Kauã Loureiro, de 15 anos, e Wellington Simon, de 14, foram liberados pelo Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para o sepultamento nesta quarta-feira (6), após serem identificados por meio da arcada dentária, de acordo com a Polícia Civil. A liberação de Carlos Henrique Trajanos, de 15 anos, ainda aguarda o resultado de DNA. Eles foram assassinados por traficantes e enterrados em cova rasa em uma plantação de eucalipto em Sooretama, Norte do estado.
Com a liberação, a Prefeitura de Sooretama disponibilizou um transporte para levar os corpos para o município. Os adolescentes foram velados em caixão lacrado na capela mortuária no centro da cidade. Familiares e amigos tiveram um momento para se despedirem dos meninos.
Devido ao estado de decomposição, as famílias precisaram realizar exames para tentar adiantar a identificação e a liberação dos corpos. A previsão inicial para a conclusão de todo esse processo poderia durar 45 dias, mas foi antecipado. O Pai de Kauã, disse que está aliviado com a liberação do corpo do filho para a família fazer o enterro. “O sentimento é de alívio. Não desejo isso para pai nenhum passar o que estou passando, mas espero em Deus que Ele vai nos dar força”, disse.
Filho adotado aguarda resultado de DNA
De acordo com o trabalhador rural Milton Trajano, de 42 anos, o adolescente Carlos Henrique Trajano, 15 anos, era adotado. A terceira vítima dos assassinatos ainda não foi liberado pelo DML. “Eu adotei o Carlos com nove meses de idade. Era meu único filho. A gente tá arrasado. Choro todo dia. Eu e a mãe dele estamos sofrendo muito”, disse.
Milton explicou ainda que precisou entrar em contato com uma irmã biológica de Carlos para que ela faça a coleta de sangue para o exame de DNA e ajudar a polícia na identificação e confirmação do corpo. Segundo o produtor, a mulher mora no Rio de Janeiro e, ao ficar sabendo do crime, veio para o Espírito Santo para realizar o teste.