Justiça decreta prisão de padrasto e mãe de criança encontrada morta dentro de condomínio em Cachoeiro
A Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) divulgou na tarde de ontem, que a causa da morte do menino Luiz Gustavo, de 9 anos, no condomínio Otílio Roncetti, em Cachoeiro, foi asfixia mecânica causada por estrangulamento. O padrasto do garoto, Giuliano Souza Ribeiro, de 46 anos, e a mãe, Thamires dos Santos Fonseca, de 31 anos, foram presos suspeitos do crime. A Justiça acatou o pedido de prisão feita pela Polícia Civil que acusa o casal de homicídio qualificado.
Segundo o titular da DHPP e responsável pelo caso, delegado Felipe Vivas, o inquérito, para ser concluído, ainda depende de exames laboratoriais que são necessários para complementar o laudo cadavérico que apontou a causa da morte da criança. “Ainda não está descartada a hipótese da criança ter sido abusada sexualmente, para isso, aguardamos os exames para comprovação ou não dos fatos”, disse o delegado durante entrevista coletiva.
O mandado de prisão temporária expedido pela Justiça contra a mãe e o padrasto de Luiz Gustavo foi cumprido na manhã desta quarta-feira (7) e tem validade de 30 dias. Eles foram detidos na localidade de Guiomar, na zona rural de Vargem Alta.
O delegado explica que a prisão do casal foi necessária para dar prosseguimento as investigações. “Nenhum deles confessou o crime. A mãe mantém uma postura fria desde o dia da morte do filho”, comentou. Os dois estão presos no Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro.
No apartamento do casal foram apreendidos três cintos, sendo dois infantis e um adulto. O material recolhido foi encaminhado para o laboratório para identificar qual deles foi usado no estrangulamento da criança. O padrasto e a mãe não indicaram qual utensílio estava no pescoço de Luiz Gastavo quando ele supostamente teria sido encontrado morto em decorrência de suicídio.
Dalila dos Santos, de 49 anos, avó de Luiz Gustavo, disse que desde o acontecido não tem tido mais contato com a filha. Ela informou que não aguenta mais conviver com a angústia de uma indefinição sobre o caso. “Eu era mãe e avó dele ao mesmo tempo, tínhamos uma ótima relação, tanto que ele morou comigo cerca de 5 anos. Tudo que quero nesse momento é que a justiça seja feita”, pediu.
Por: Elan Costa| Aqui Notícias