Ataque de Israel deixa 7 mortos em campo de refugiados na Cisjordânia
Forças de Israel atacaram nesta segunda-feira (3) a cidade de Jenin, na Cisjordânia, com drones e centenas de soldados por terra. O campo de refugiados local foi atingido, e sete pessoas morreram, segundo autoridades locais. A operação é a maior ação israelense na Cisjordânia no último ano e foi feita em resposta a uma série de ataques de militantes palestinos a colonos judeus na região. Tel Aviv alega que suas tropas atacaram apenas alvos criminosos.
Até o início da manhã desta segunda, tropas israelenses ainda buscavam suspeitos no campo de refugiados de Jenin, que abriga 14 mil pessoas em uma área de menos de meio quilômetro quadrado. Moradores se queixaram de falta de luz. As Brigadas de Jenin, formada por grupos militantes, afirmaram ter abatido um dos drones israelenses no ataque.
A operação começou no início da madrugada com um ataque aéreo a um prédio que, segundo o coronel israelense Richard Herdt, é usado por militantes para planejar ataques. O objetivo da operação era destruir e confiscar armas, disse Herdt. “Estamos agindo contra alvos específicos”, afirmou o coronel, que disse ainda que as forças israelenses não pretendem ficar no campo de refugiados de forma permanente.
Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, elogiou os esforços do Exército e acusou o Irã de estar por trás da violência ao financiar grupos armados palestinos. “Devido aos fundos que recebem do Irã, o campo de Jenin se tornou um centro de atividade terrorista”, afirmou.
Em comunicado, autoridades de Jenin rejeitaram a alegação e disseram que a violência é uma “resposta natural pelos 56 anos de ocupação desde que Israel capturou a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias em 1967”.