Justiça

CASO DIONÍZIO | Réus são absolvidos pelo Tribunal do Júri

O Tribunal do Júri decidiu absolver os réus no caso do assassinato diretor do Sine de Nova Venécia, Dionízio Gonzaga de Oliveira.  A maioria dos sete jurados decidiram que o adolescente envolvido no crime foi corrompido a praticar o homicídio. Segundo a sentença, com mais de três votos os jurados decidiram que os acudados Euclides Gomes da Silva, Elenilson Gomes da Silva e Fernanda Cassa Rodrigues não concorreram para o crime. Diante disso, o juiz Ivo Nascimento Barbosa expediu alvará de soltura.

Os acusados estavam presos desde julho do ano passado suspeitos de orquestrarem a morte do diretor do Sine de Nova Venécia, Dionízio Gonzaga de Oliveira. Ambos respondiam pela prática dos crimes de homicídio qualificado mediante contratação e promessa de recompensa, por motivo fútil, por meio de emboscada e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Na denúncia do Ministério Público e acolhida pela Justiça, o casal Euclides Gomes da Silva e Fernanda Cassa Rodrigues eram apontados como mandantes do crime, tanto pela Polícia Civil quanto pelo Ministério Público.

Relembre o caso

Dionízio era diretor do Sine de Nova Venécia e foi assassinado a tiros na manhã de terça-feira, 23 de fevereiro de 2021, em frente ao seu local de trabalho, nas proximidades do antigo Detran, no Bairro Margareth. Além de trabalhar no Sine, Dionízio era empresário do ramo de locações e artigos de festas no município, e ativista político. Ele chegou a anunciar a sua pré-candidatura a prefeito de Nova Venécia nas eleições de 2020, mas depois desistiu da disputa.

O crime chocou a cidade pela forma e horário que aconteceu, em plena luz do dia, no meio da rua em um local movimentado. O primeiro passo da investigação da Polícia Civil foi buscar imagens de câmeras de segurança das proximidades. Como o carro da vítima havia sido levado, surgiu a dúvida se seria homicídio ou latrocínio.

Porém, o veículo foi encontrado abandonado no sentido a Boa Esperança. Por esse motivo, a polícia descartou a hipótese de latrocínio. As imagens levaram à conclusão de que foi homicídio qualificado por emboscada. As imagens mostram a chegada dos criminosos ao local uma hora antes da chegada da vítima. Com a localização do carro logo em seguida, foram recolhidas impressões digitais no veículo e o celular de Dionízio, também foi recolhido.

Segundo as imagens, o carro usado para cometer o crime foi um Volkswagen Gol preto. Imagens de radares permitiram identificar a placa do veículo. Três dias após o crime, os delegados que estavam á frente da investigação anunciaram a prisão de Virgílio Luiz dos Santos Oliveira, apontado como o executor. No dia 7 de julho de 2021 foram presos Euclides, Elenilson e Fernanda, acusados de serem os mandantes do homicídio. Eles ficaram detidos na Penitenciária de Viana até o dia do julgamento.

O promotor de justiça Felipe Pacífico Oliveira Martins, após tomar conhecimento da decisão não unânime dos jurados em absolver os réus, interpôs recurso de apelação argumentando que a decisão dos jurados é “manifestamente contrária às provas dos autos”.  O juiz Ivo Nascimento Barbosa recebeu o recurso diante “do preenchimento dos requisitos legais de admissibilidade”. O Ministério Público vai ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) apresentar recurso contra a decisão do Tribunal do Júri. *fonte: A Parresia

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