Caso Kauã e Joaquim: Georgeval é condenado a 146 anos de prisão
Ao final de dois dias de júri popular, Georgeval Alves, acusado de estuprar e matar o filho Joaquim Alves, de 3 anos, e o enteado Kauã Sales Butkovsky, de 6, foi condenado a 146 anos e 4 meses de prisão pelos crimes praticados na madrugada do dia 21 de abril de 2018. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado.
A defesa de Georgeval pode recorrer da sentença para tentar anular o júri ou para reduzir o tempo de condenação. Georgeval deixou o Fórum em viatura e foi levado novamente para o presídio em Viana onde esteve preso desde que a Polícia Civil apontou ele como autor do crime.
O Conselho de Sentença, formado por seis mulheres e um homem, decidiu que Georgeval cometeu todos os crimes pelos quais ele havia sido acusado: estupros de vulneráveis, homicídio duplamente qualificado e tortura contra as duas crianças. A sentença foi proferida na noite desta quarta-feira (19) pelo juiz Tiago Fávaro Camata, no Fórum de Linhares. O julgamento chegou a ser adiado e era um dos mais esperados no Estado nos últimos anos.
“O réu se mostra com uma personalidade perversa”, diz juiz
Durante a leitura da sentença, o juiz Tiago Fávaro Camata escreveu que Georgeval teria aproveitado da ausência da então esposa, Juliana Alves, para cometer o crime. “O réu cometeu os crimes pelos quais foi pronunciado. Julgo procedente a condenação. Destaco que o réu se aproveitou o momento em que Juliana estava viajando com as crianças, estando ausente de casa, para cometer os fatos narrados, o que mostra um crime premeditado. O réu se mostra com uma personalidade perversa, com vida dupla e com capacidade de dissuadir e angariar fiéis sem mostrar sua verdadeira face”, apontou o juiz.
Os jurados ouviram a sentença de braços dados. Emocionada, uma das integrantes do júri chorou ao ouvir o juiz agradecendo a presença deles no plenário.* Com a colaboração de Mayra Bandeira, da TV Vitória/Record TV.