Ex-presidente Lula se entrega e é levado para carceragem da Polícia Federal em Curitiba
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em fim se entregou à Polícia Federal (PF) na noite deste sábado (07), após ficar dois dias acampado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, depois que o juiz Sérgio Moro expediu seu mandado de prisão.
Por volta das 12h, Lula discursou por 55 minutos durante um ato religioso em memória a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que completaria 68 anos neste sábado e afirmou que não iria “correr” e “nem se esconder”. O ex-presidente também criticou as decisões do judiciário.
O ex-presidente saiu a pé da sede do sindicato por volta das 18h42 e caminhou até um prédio próximo, onde equipes da Polícia Federal o aguardavam. Lula entrou na viatura da PF às 18h47. A saída teve de ser feita dessa maneira porque, às 17h, Lula tentou sair de carro, mas foi impedido pela militância petista.
O comboio seguiu por vias de São Bernardo e de São Paulo até a Superintendência da PF, na Lapa, Zona Oeste, onde chegou às 19h44. Manifestantes a favor e contra a prisão o aguardavam, na chegada das viaturas, manifestantes a favor da prisão correram em direção ao carro onde o ex-presidente estava e o xingaram. Depois que o comboio entrou, os grupos pró e contra prisão trocaram ofensas e empurrões.
O exame de corpo de delito foi feito e, às 20h05, o ex-presidente entrou num helicóptero da Polícia Militar que seguiu em direção ao Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul. A aeronave pousou às 20h22. Ele entrou num avião monomotor, prefixo PR-AAC, da Polícia Federal. A aeronave decolou às 20h46 em direção a Curitiba.
Condenação
Lula foi condenado em duas instâncias da Justiça no caso do triplex em Guarujá (SP). A pena definida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) é de 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula ficará em uma “cela” especial, no último andar da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O ex-presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física