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Governo do ES diz que chegada de vacina deve garantir imunização de adultos com mais de 30 anos

O Governo do Espírito Santo pretende vacinar adultos com mais de 30 anos com achegada de doses da vacina contra o covid-19, a informação foi dada pelo secretário  de saúde, Nésio Fernandes na tarde desta segunda-feira (8) ao atualizar como está a pandemia da covid-19 no Espírito Santo. Ele fez um pronunciamento acompanhado do subsecretário Luiz Carlos Reblin. O secretário disse que a quantidade de doses que o governo quer comprar deve garantir a imunização de adultos com mais de 30 anos de idade.

Segundo o secretário, a chegada de novas vacinas também pode antecipar a vacinação dos professores e de trabalhadores da segurança pública. Nésio também informou que o Ministério da Saúde comunicou que realizará o envio semanal de doses de vacina para os estados. A quantidade ainda não foi especificada. De acordo com o subsecretário, às terças-feiras a pasta ministerial comunica a quantidade de doses e às quartas ou quintas, o quantitativo é enviado para os estados.

Veja os principais pontos do pronunciamento

>Um ano de pandemia e cenários

“Vivemos nos últimos dias um ano do primeiro caso de covid-19. Tivemos a perda de inúmeras vidas. Fomos um dos primeiros estado do país a reconhecer a circulação comunitária do vírus. Isso aponta que o Espírito Santo teve ao longo de 2020, uma precocidade no espalhamento da doença, em relação a outras unidades da federação.

Conseguimos nos adaptar ao comportamento da doença, tanto na primeira expansão quanto na segunda. Ampliamos o acesso aos leitos e aumentamos a testagem. Conseguimos achatar a curva de casos no início da pandemia com medidas de distanciamento social. Infelizmente, ao longo da fase de recuperação da primeira expansão, a doença se espalhou para outros municípios e vivemos no final de 2020 uma segunda expansão. No entanto, com maior experiência e vivência, conseguimos projetar e reconhecer uma possível terceira expansão da doença nos meses de março e abril, meses com maior incidência de doenças respiratórias agudas graves.”

> Aumento no número de leitos

“O estado foi preparado para que neste momento a gente pudesse desenhar uma expansão na oferta de leitos. Temos a expectativa de ter 900 leitos para atender pacientes de covid-19 até o fim do mês de abril. Existem limitações de infraestrutura e recursos humanos”.

> Vacinas

“Ao longo de 2020, todas as medidas que eram positivas em relação a pandemia foram combatidas por algumas lideranças nacionais. Diante disso, iniciamos 2021 com uma quantidade muito pequena de vacinas. Isso fez com o que o estado iniciasse uma corrida para conseguir as doses. Isso pode permitir que ainda nesse primeiro semestre, o percentual de cobertura seja grande no estado, impedindo uma possível quarta onda da doença”.

> Testagem em massa

“Enfrentaremos a terceira expansão da doença com testagem em massa utilizando testes antígenos. Teremos 250 mil testes antígenos disponíveis complementando a quantidade do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (LACEN/ES). Teremos uma capacidade ímpar de testagem em massa da doença”.

> Rastreamento

“É importante que a população que testou positivo ou teve contato próximo com outras pessoas procure rapidamente a testagem para conseguirmos rastrear os contatos e que a ruptura da cadeia de transmissão possa ocorrer. Uma portaria foi publicada nesta quarta-feira para permitir a integração de dados dos passageiros. A intenção é notificar quem viajou com pessoas que testaram positivo para a covid-19”.

> Importância do SUS

“O Sistema Único de Saúde (SUS) consolidou-se como robusta estrutura hospitalar. Atendimentos com qualidade e humanização. Essa característica representa o que queremos para o SUS. Desde atenção básica a hospitalar. Grande conquista do ano foi o pertencimento da população junto ao SUS. Diálogo permanente com a sociedade. Todas as informações produzidas permitiram acompanhar a evolução da doença e foram disponibilizadas desde o início da pandemia no Painel Covid-19. A população conseguiu acompanhar tudo”.

> Carnaval e menosprezo à pandemia

“Tivemos o carnaval em fevereiro, além de atividades nas praias e áreas de lazer. A curva de casos aumentou na semana epidemiológica 8. O aumento no número de casos veio acompanhado com o aumento no número de internações. Tínhamos medo da doença no início da pandemia, no entanto, os sintomas passaram a ser menosprezados. A doença continua evoluindo em casos assintomáticos. A prática da auto medicação aumentou de forma irresponsável. Cidadãos compram medicamentos sem recomendação específica. São tratamentos que dão a falsa sensação de segurança. A procura tardia que tem ocorrido nos hospitais do Brasil leva a uma piora do prognóstico do paciente. Precisamos combater toda e qualquer postura desse tipo. Precisamos voltar a respeitar a violência e tamanho da doença”.

> Possível lockdown

“Foi definido um gatilho que pode disparar a necessidade de medidas amplas e radicais. Restringindo apenas a atividades essenciais. Gatilho de ocupação de 90% dos leitos disponíveis para covid-19. Como nunca chegamos nesse percentual, o estado não precisou acionar essas medidas. O estado não colapsou. A realização de um lockdown necessita de apoio da União na questão financeira para que as atividades econômicas sejam fechadas por 3 a 4 semanas. Em outros países, esse fechamento foi acompanhado por agendas econômicas. Não temos essa capacidade no Brasil. Podemos ter a revisão de medidas qualificadas transversais (qualquer nível de risco) e medidas qualificadas níveis de risco específicos”.

> Alerta aos prefeitos

“Estamos em contato direto com embaixadas e indústrias. O Espírito Santo não lida com intermediários de fornecedores. Nosso alerta aos prefeitos e gestores que estão estabelecendo esse contato porque já identificamos situações de alto risco na compra de vacinas”.

> Vacinados indevidamente

“Entendemos que aqueles que foram vacinados indevidamente com a primeira dose, devem receber a segunda dose dentro do tempo previsto de cada marca da vacina. Essas pessoas não podem ser privadas do direito de se protegerem contra a doença. Não podemos perder essas doses. Essas pessoas devem ter outras penalidades previstas na legislação”.

> Hospital atingido pela chuva

“Não tivemos nenhum tipo de lesão corporal nas unidades de saúde. No entanto, a capacidade de drenagem não suportou o volume de água. Pacientes tiveram que ser removidos para outros andares e outras unidades hospitalares. Houve uma mobilização para recuperar esses estabelecimentos. Tivemos diversos processos de reforma e reparos nessas unidades”.

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