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Júri popular do acusado de matar o ex-governador Gerson Camata começa nesta terça-feira e pode durar até três dias

Teve início na manhã desta terça-feira (3), no Fórum de Vitória, o julgamento de Marcos Venício Moreira Andrade, que aparece na foto acima, saindo da viatura da Sejus, ele confessou ter matado o ex-governador do Espírito Santo Gerson Camata. O crime aconteceu na tarde do dia 26 de dezembro de 2018, na Rua Joaquim Lírio, na Praia do Canto. Marcos Venício era ex-assessor de Camata e foi preso após o crime.

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) informou que, em razão das medidas para evitar a contaminação pelo covid-19, a presença de pessoas no salão do júri foi limitada às partes, advogados, familiares e profissionais da imprensa.

Gerson Camata foi morto aos 77 anos, atingido com um tiro na cabeça quando chegava a uma padaria que sempre frequentava na Praia do Canto, bairro nobre de Vitória. Marcos Venício, seu ex- assessor por mais de 20 anos, foi preso horas depois pelo delegado Danilo Bahiense dentro de uma loja e conduzido para a DHPP de Vitória onde prestou depoimento e confessou o crime. O motivo, segundo ele seria uma ação judicial por difamação e calúnia, movida por Camata e que acabou por bloquear valores em sua conta bancária. O juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória, Marcos Pereira Sanches, preside o Tribunal do Júri.A previsão é de que o julgamento dure até três dias.

Estão arroladas para o Júri 12 testemunhas. Os sete jurados que foram escolhidos entre um grupo de 25 pessoas. Conforme a legislação, o tempo destinado à acusação será de duas horas e meia, com o mesmo tanto para a defesa. Embora seja facultativa, a réplica e a tréplica terão a duração de duas horas. Só nesta fase, o julgamento deverá durar cerca de nove horas. A defesa afirmou que não espera por absolvição, e que vai apresentar a cronologia dos fatos desde 1986, quando Marcos Vinício e Gerson Camata se conheceram.

Posicionamento da defesa de Marcos Venício

Marcos Venício será julgado por homicídio qualificado e porte ilegal de arma. A pena máxima é de 34 anos de prisão. Antes de entrar no Fórum, o advogado Homero Mafra, da defesa de Marcos Venício, falou sobre a expectativa para o júri. “Julgamento tranquilo, com respeito ao acusado, respeito às provas. Um julgamento sereno”, disse o advogado do acusado. (foto: Carlos Alberto da Silva /AG)

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