Paulo Hartung reage a decisão de Trump de aplicar taxa sobre a importação de aço
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o país aplicará uma tarifa de 25{9a050057d6642e325d5535ce07d5042bc3f00a2d284e1692da94b3e151c21cb5} sobre a importação de aço e de 10{9a050057d6642e325d5535ce07d5042bc3f00a2d284e1692da94b3e151c21cb5} sobre as compras de alumínio, argumentando que se trata de uma decisão relacionada à segurança nacional. Trump também anunciou que as medidas vão entrar em vigor em 15 dias. A decisão afeta diretamente o Brasil, que é o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos.
Para o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB), isso prejudica diretamente a economia do estado capixaba. Em carta enviada ao ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, o chefe do Poder Executivo capixaba destacou que a sobretaxa encarecerá preços, diminuindo a competitividade de produtos, como placa de aço e bobinas de aço, e produzindo diversos efeitos negativos, como desemprego. (Leia a íntegra da carta no final do texto).
O governo brasileiro reagiu rapidamente ao anúncio, afirmando que “recorrerá a todas as ações necessárias (…) para preservar seus direitos e interesses”. O duro posicionamento de Brasília está relacionado ao fato de que os EUA concentram cerca de um terço das exportações nacionais de aço. Um estudo do Peterson Institute aponta que as perdas do Brasil com a medida poderiam ser de US$ 1 bilhão por ano.
Além do Brasil, mercados como Coreia do Sul, China, Japão, Alemanha e Turquia serão afetados pela barreira comercial. As perdas da Europa poderiam chegar a US$ 2,6 bilhões. Por isso, autoridades europeias protestaram contra a medida. “Somos um aliado dos Estados Unidos e temos a posição de que deveríamos ser excluídos dessa medida”, disse a comissária de Comércio da União Europeia, Cecilia Malmstrom.