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Polícia prende suspeito de participar do assassinato do diretor do Sine de Nova Venécia

Em entrevista coletiva concedida pelas polícias Civil e Militar de Nova Venécia, foi dado detalhes sobre a investigação do assassinato de Dionizio Gonzaga de Oliveira, diretor do Sine de Nova Venécia, um dos suspeitos foi preso nesta sexta-feira (26), no município de Boa Esperança.

O delegado Douglas Sperandio disse que logo após o crime os policiais passaram a colher imagens de câmeras de segurança das proximidades. Como o carro da vítima foi levado, surgiu a dúvida se seria homicídio ou latrocínio. “No entanto, as imagens levaram à conclusão de que foi homicídio qualificado por emboscada. As imagens mostram a chegada dos criminosos ao local uma hora antes da chegada da vítima. Com a localização do carro logo em seguida, foram recolhidas impressões digitais no veículo e o celular de Dionizio, também foi recolhido”, destacou o delegado.

Pelas imagens, o carro usado no crime foi um Volkswagen Gol preto. Imagens de radares permitiram identificar a placa do veículo. O delegado explicou que havia duas pessoas no local do crime. E ele esclarece a dinâmica: primeiro, o carro preto deixa o assassino no local do crime; depois o carro saiu e ficou parado durante uma hora em frente ao Ciretran. Logo que o assassinato é consumado, o carro preto vai ao encontro do executor. Por algum motivo, o assassino precisou improvisar, não fugindo no carro que lhe dava cobertura. Assim, ele usou o carro da vítima na fuga e foi resgatado, logo depois, pelo seu comparsa.

O delegado Willian Dobrovosk que também atua na investigação não descarta que foi um crime de mando: “O que aconteceu hoje foi o encerramento da primeira fase da investigação e logo nós abriremos a segunda fase. Estamos próximos de elucidar a motivação do crime, até agora, é possível afirmar que pelo menos três pessoas estão envolvidas. O assassino, o que deu cobertura e o mandante.”.

O homem preso nesta sexta-feira (26) não teve a identidade divulgado pois a investigação ainda está acontecendo, segundo a polícia ele é o proprietário do carro usado no crime e será interrogado para que os outros envolvidos apareçam. Segundo Dobrovosk, ele tem passagens pela justiça por receptação, tráfico de drogas e homicídio qualificado e é suspeito, também, de uma tentativa de latrocínio contra um policial militar. Ele estava em liberdade desde dezembro do ano passado, mediante alvará.

Os investigadores levantaram que três dias antes do assassinato, o veículo usado no crime foi anunciado, nas redes sociais, para venda, como sendo um “carro para roça”. O delegado explicou que a expressão é um jargão usado para venda de veículos que podem “dar problemas” para o comprador, por isso, não pode ser usado na cidade, para evitar abordagem policial, Logo depois do crime o carro foi vendido no Estado da Bahia.

Em sua fala, o comandante Dal Col disse que ficou espantado quando tomou conhecimento do crime: “Alguém cometer um crime desse e achar que vai sair impune, que ele não vai ser preso, para mim um cidadão desse não é uma pessoa normal, ele tem algum problema. Porque a pessoa normal tem que entender que cometer um crime no Centro de uma cidade como Nova Venécia, onde tem uma equipe de policiais que trabalha em conjunto, como a Polícia Militar e a Civil trabalha em Nova Venécia, não vai dar certo. Eu quero dizer que qualquer crime que for cometido nessa cidade vai ser apurado, os autores presos e levados à Justiça”.

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