STF afasta governador do Rio do cargo e PF cumpre buscas na residência oficial
Rio – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta sexta-feira (28), o afastamento imediato do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por irregularidades na saúde. O afastamento tem prazo inicial de seis meses. O governador e outras oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção.
Não há ordem de prisão contra o governador. As diligências foram autorizadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves. A defesa de Witzel disse que “recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade”.
Em nota os advogados dizem aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis. No total, são 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão.
Entre os alvos da operação deflagrada pela Polícia Federal está além do governador Wilson Witzel, o pastor Everaldo, presidente do PSC (preso); Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico; Sebastião Gothardo Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda (preso). A PF realizou buscas nos endereços da primeira-dama, Helena Witzel, no Palácio Laranjeiras; Cláudio Castro, vice-governador; André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) e o desembargador do Trabalho Marcos Pinto da Cruz.
Segundo a PF os mandados estão sendo cumpridos também em outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e no Distrito Federal. A Procuradoria-Geral da República denunciou Witzel e mais oito pessoas por corrupção. A acusação leva em conta pagamentos efetuados por empresas ligadas ao empresário Mário Peixoto ao escritório de advocacia de Helena Witzel, mulher do governador.
Também são objeto da denúncia pagamentos feitos por empresa da família de Gothardo Lopes Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda, ao escritório da primeira-dama. Conforme consta da acusação encaminhada ao STJ, a contratação do escritório de advocacia consistiu em artifício para permitir a transferência indireta de valores de Mário Peixoto e Gothardo Lopes Netto para Wilson Witzel. (fonte: G1)