Economia

UE, Canadá, EUA e Japão. Veja a lista de países que anunciaram sanções econômicas contra a Rússia

O Conselho Europeu informou ter acrescentado 26 pessoas e uma entidade à lista de pessoas, entidades e organismos sujeitos a medidas restritivas relacionadas a “ações que comprometam ou ameacem a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia”.

Segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (28), a nova lista inclui oligarcas e empresários ativos nos setores petrolífero, bancário e financeiro, bem como membros do governo, personalidades militares de alto nível e propagandistas que contribuíram para difundir a propaganda anti-ucraniana e promover uma atitude positiva em relação à invasão da Ucrânia.

“Com essas sanções adicionais, visamos todos os que têm um papel econômico significativo no apoio ao regime de Vladimir Putin e se beneficiam financeiramente do sistema. Essas sanções irão expor a riqueza da elite de Putin. Aqueles que permitirem a invasão da Ucrânia pagarão um preço por sua ação”, enfatiza o texto.

As medidas restritivas, que agora se aplicam a um total de 680 pessoas físicas e 53 entidades, incluem o congelamento de ativos e a proibição de disponibilizar recursos para as pessoas físicas e jurídicas listadas. Além disso, as pessoas da lista estão impedidas de entrar ou transitar pelo território da União Europeia.

O comunicado do Conselho Europeu ainda destaca que a decisão desta segunda-feira complementa o pacote de medidas anunciado pelo alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, no domingo.

O pacote também inclui o fornecimento de equipamento e suprimentos às Forças Armadas da Ucrânia através do Mecanismo Europeu de Paz, a proibição do sobrevoo do espaço aéreo da União Europeia e do acesso aos aeroportos da região por transportadoras russas de todos os tipos e a proibição de transações com o Banco Central da Rússia.

UE considera corte de energia pela Rússia; Renault interrompe produção

Comissária para Energia da União Europeia (UE), Kadri Simson afirmou durante coletiva de imprensa que o bloco não pode excluir a possibilidade de que a Rússia responda às sanções da UE com medidas próprias que cortem o fornecimento de gás ao restante da Europa. Um corte total no suprimento seria preocupante, mas não deve provocar escassez no curto prazo, afirmou.

“O bloco conseguirá atravessar o inverno de forma segura”, garantiu a comissária, que ainda afirmou que a liberação de reservas estratégicas de petróleo no mercado é uma “ferramenta poderosa” para conter a alta dos preços da commodity. Simson também informou que houve concordância quanto à proposta de sincronizar a rede elétrica da Ucrânia com a da UE, em caráter emergencial. O problema, porém, não será resolvido em horas, mas sim dias ou semanas, alertou.

Renault em Moscou interrompe produção até 5 de março

A Renault interrompeu temporariamente a produção em sua fábrica de Moscou, na Rússia, informou uma porta-voz da empresa nesta segunda-feira. A fonte citou problemas logísticos e disse que a produção na fábrica ficará suspensa de 28 de fevereiro a 5 de março.

O presidente-executivo da Renault, Luca de Meo, havia dito no início deste mês a analistas que um agravamento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia poderia levar “a outra crise na cadeia de suprimentos ligada a peças que teriam que vir do exterior”. Segundo executivos da Renault, a maior parte da produção da montadora na Rússia – um de seus maiores mercados – é para o mercado local. As ações da Renault fecharam em baixa de 6,56% hoje na bolsa de Paris, cotada a 28,54 euros.

*Fonte: Folha Vitória (Com Dow Joens Newswires)

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