Vereadora de Linhares é presa por envolvimento e esquema de rachid
A vereadora de Linhares Rosa Ivânia Euzébio dos Santos, a Rosinha Guerreira (PSDC), foi presa na tarde da última segunda-feira (26) durante uma operação do GAECO. Rosinha é acusada pelo Ministério Público (MPES) pela prática do chamado “rachid”, que ocorre quando um político que exerce um mandato exige para si parte do pagamento de assessores.
A vereadora foi ouvida pelos promotores responsáveis pela operação e será encaminhada para o Centro Prisional Feminino de Colatina, onde ficará a disposição da justiça. O promotor Leonardo Augusto César dos Santos, afirmou que além do ressarcimento, o MPES deve pedir no processo uma indenização por danos morais coletivos, tendo em vista que a vereadora exerce um cargo eletivo. “Isso traz uma lesão enorme à confiança da democracia e do cargo público que ela exerce. Vemos hoje no Brasil tanta gente que se coloca a disposição do povo para poder fazer bem ao povo, mas age de forma contrária”, pontuou.
Quanto aos valores do ressarcimento, o promotor disse que o MP está fazendo a apuração dos fatos e que tudo será analisado e auferido na denúncia. Além da prisão de Rosinha Guerreira, foram realizados dois mandados de busca e apreensão e 12 conduções coercitivas de testemunhas, que estão em cumprimento na cidade.
Advogado da vereadora disse que vai pedir o relaxamento da prisão
O advogado Cleyton Mendes, da defesa da veradora Rosinha Guerreira, planeja entrar com o pedido de relaxamento da prisão de sua cliente, segundo ele o fato da vereadora colaborar com os trabalhos do Ministério Público e possuir endereço fixo, ” Ela não oferece qualquer risco nas investigações e inclusive vem colaborando espontaneamente com as autoridades. A vereadora Rosa, tem endereço fixo, família e função e poderá responder em liberdade sobre as acusações a ela impostas”, disse o advogado.
Ele disse ainda, que o pedido de liberdade provisória deve ocorrer assim que o Ministério Público aprecie a solicitação, suposto que a denúncia feita contra a parlamentar foi de forma anônima. “Acreditamos na Justiça e que ela será feita, visto que a própria vereadora em seu depoimento afirmou que no caso, sobre os salários dos comissionados em seu gabinete, as contribuições seriam para aquisição de medicamentos, cestas básicas e outros a serem destinados para pessoas carentes da comunidade. “A vereadora Rosa tem uma vida particular discreta e inclusive tem um veículo Gol de 10 anos, sempre mantendo uma simplicidade em seus atos”, complementou.